Demorava tanto em cada confissão que o tempo se aturdia ante suas duras presenças, que sim, podiam dar-lhe as boas vindas.
Uma vez ou outra se abraçava à sua própria palavra, isso com o mesmo assombro e a mesma ansiedade que o levara a fazer de sua confissão uma memória, muito útil para entender sua própria história, ora rodeada pela solidão, ora obscurecida pelo medo.
O lugar era sempre o mesmo, apesar de que às vezes o disfarçava com algumas cores, para esconder o dia ou a noite, para sentir-se seguro, para se surpreender. Quem passava ali sempre ela ela, tão assustada, tão terna, tão ligeira e sonhadora...tão boba às vezes, que aonde quer que passava deixava alguma coisa sua, alguma alegria, alguma saudade, alguma lembrança...alguma lerdeza.Quase nunca tinha um encontro, quase sempre uma despedida.
Se despedia a cada manhã dos cabelos que se emaranhavam entre seus dedos, murchos, ondulados, cansados de estarem presos naquela cabeça. Adeus às lágrimas que nas noites dilapidavam seus sonhos e prolongavam sua ausência. Adeus ao seu minúsculo céu particular que de madrugada era amado por pássaros, por verdes silêncios, por caminhos invisíveis. Adeus à possibilidade de apagá-la de sua ansiedade, de seu desejo, de sua saudade teimosa e sua vontade de voltar a tê-la.
Inúmeros adeuses, dos que se despedia depois de cada história, cedendo lugar à ignorância da própria realidade, essa de verdade mesmo.
Sentiu o silêncio e o medo o invadiu, quis lutar contra esse medo de ser, contra o medo de lembrar-se, contra o medo de mudar a história, mas o medo nascia com as raízes no ar, incerto, como a maioria dos seus medos. Então disparou a correr, desejando que a distância e o tempo tivessem a arte de apagar as pegadas...mas estava totalmente desesperado, medroso, sua história era tudo o que tinha, tinha algo a perder, ainda que fosse pouco, ainda que não fosse nada, essa era sua certeza.
Pensou que sim, mas não...ele sabe que apesar de tudo vai amá-la para sempre. Sua história o levaria à ela, ainda que com incontáveis medos, ainda com a necessidade de mudar as coisas apartir de uma certeza de amor. Mas ele seguirá alí, encolhido, esperando as boas vindas.
Uma vez ou outra se abraçava à sua própria palavra, isso com o mesmo assombro e a mesma ansiedade que o levara a fazer de sua confissão uma memória, muito útil para entender sua própria história, ora rodeada pela solidão, ora obscurecida pelo medo.
O lugar era sempre o mesmo, apesar de que às vezes o disfarçava com algumas cores, para esconder o dia ou a noite, para sentir-se seguro, para se surpreender. Quem passava ali sempre ela ela, tão assustada, tão terna, tão ligeira e sonhadora...tão boba às vezes, que aonde quer que passava deixava alguma coisa sua, alguma alegria, alguma saudade, alguma lembrança...alguma lerdeza.Quase nunca tinha um encontro, quase sempre uma despedida.
Se despedia a cada manhã dos cabelos que se emaranhavam entre seus dedos, murchos, ondulados, cansados de estarem presos naquela cabeça. Adeus às lágrimas que nas noites dilapidavam seus sonhos e prolongavam sua ausência. Adeus ao seu minúsculo céu particular que de madrugada era amado por pássaros, por verdes silêncios, por caminhos invisíveis. Adeus à possibilidade de apagá-la de sua ansiedade, de seu desejo, de sua saudade teimosa e sua vontade de voltar a tê-la.
Inúmeros adeuses, dos que se despedia depois de cada história, cedendo lugar à ignorância da própria realidade, essa de verdade mesmo.
Sentiu o silêncio e o medo o invadiu, quis lutar contra esse medo de ser, contra o medo de lembrar-se, contra o medo de mudar a história, mas o medo nascia com as raízes no ar, incerto, como a maioria dos seus medos. Então disparou a correr, desejando que a distância e o tempo tivessem a arte de apagar as pegadas...mas estava totalmente desesperado, medroso, sua história era tudo o que tinha, tinha algo a perder, ainda que fosse pouco, ainda que não fosse nada, essa era sua certeza.
Pensou que sim, mas não...ele sabe que apesar de tudo vai amá-la para sempre. Sua história o levaria à ela, ainda que com incontáveis medos, ainda com a necessidade de mudar as coisas apartir de uma certeza de amor. Mas ele seguirá alí, encolhido, esperando as boas vindas.
Jú! Obrigada, gostei desta versao, teu interesse... agora mesmo temos uma despedida mais. Beijinhos, boa viagem!!
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